Você sente que precisa estar no controle. Ou, alguém acima de ti, cobra esse controle e você precisa cobrar da sua equipe também.
Você se sente sobrecarregado, afinal, toda e qualquer decisão que precisa ser tomada na sua equipe precisa passar por você.
Calma, calma, gestor.
Neste artigo, vamos conversar sobre esse modelo de gestão que pode acabar com a sua saúde e a sua equipe e como você pode se livrar dele.
O que é microgerenciamento?
O microgerenciamento é um estilo de gestão caracterizado pelo excesso de controle e supervisão sobre as atividades dos colaboradores, sem dar-lhes autonomia ou espaço para tomar decisões e resolver problemas.
O microgerenciador costuma interferir nos detalhes do trabalho, exigir relatórios constantes, revisar e criticar tudo o que é feito, e não delegar ou confiar nas competências da equipe.
O microgerenciamento pode ter origem em diversas causas, como a insegurança, a falta de confiança, o perfeccionismo, o medo de perder o poder, a pressão por resultados, ou a dificuldade de se adaptar a novos cenários, como o trabalho remoto.
No entanto, independentemente da motivação, o microgerenciamento traz uma série de impactos negativos tanto para os colaboradores quanto para os gestores e para a organização.
Os impactos negativos do microgerenciamento
O microgerenciamento afeta negativamente a motivação, a produtividade, a criatividade, a inovação, o engajamento, a satisfação e a retenção da sua equipe.
Isso ocorre porque o microgerenciamento gera um clima de desconfiança, frustração, estresse, ansiedade, baixa autoestima e falta de reconhecimento.
As pessoas da sua equipe se sentem sufocadas, desvalorizadas, desrespeitadas e desmotivadas para realizar suas tarefas, pois não têm autonomia, liberdade ou oportunidade de aprender e crescer.
Além disso, o microgerenciamento prejudica a comunicação, a colaboração, a confiança e o alinhamento entre os membros da equipe, gerando conflitos, ruídos e desgastes nas relações de trabalho.
O microgerenciamento também é prejudicial para você, gestor, que perde tempo e energia se preocupando com detalhes irrelevantes, deixando de focar nas questões estratégicas, no planejamento, na liderança e no desenvolvimento da equipe.
Você também corre o risco de se desgastar emocionalmente, de perder o respeito e a credibilidade da equipe, e de comprometer os resultados e a qualidade do trabalho.
Por fim, o microgerenciamento impacta negativamente a organização, que perde competitividade, agilidade, flexibilidade e capacidade de se adaptar às mudanças e às demandas do mercado.
A organização também sofre com a perda de talentos, a alta rotatividade, o aumento do absenteísmo, a queda da produtividade, a redução da inovação, a deterioração do clima organizacional e a insatisfação dos clientes.
Como evitar o microgerenciamento
Para evitar o microgerenciamento, é preciso que você adote um estilo de liderança mais participativo, democrático e colaborativo e trazer para a cultura da equipe as seguintes atitudes:
- valorize e confie nas pessoas,
- delegue responsabilidades e autoridade,
- estimule a autonomia e a iniciativa,
- reconheça e recompense os esforços e os resultados,
- forneça feedbacks construtivos e frequentes,
- promova o aprendizado e o desenvolvimento contínuo,
- incentive a criatividade e a inovação,
- comunique-se de forma clara e transparente,
- alinhe as expectativas e os objetivos,
- envolva a equipe nas decisões e nos processos e
- celebre as conquistas e os sucessos.
Para isso, você também deve buscar desenvolver algumas competências e habilidades, como:
- inteligência emocional,
- comunicação assertiva,
- escuta ativa, a empatia,
- delegação eficaz,
- feedback positivo,
- gestão de conflitos,
- gestão do tempo.
Sem dúvidas, é preciso que a organização também perceba o quão prejudicial é o microgerenciamento e forneça para os seus gestores e líderes as todas as ferramentas necessárias para que os estilos de liderança mais participativos sejam aplicados.